6 de Março Data Magna de Pernambuco 

No dia 6 de Março de 1817 foi deflagrada a Revolução Pernambucana, também chamada de Revolução dos Padres e, ressalte-se por justiça, a Revolução dos Maçons. Naquela data, no Regimento de Artilharia, o capitão José de Barros Lima, conhecido como “Leão Coroado”, reagiu à voz de prisão e matou a golpes de espada o comandante Barbosa de Castro, dando início à Revolução. 

O movimento vinha de bem antes, já no século XVIII as Sociedades Secretas reuniam intelectuais, militares, religiosos que debatiam as ideias iluministas chegadas da Europa. A fundação do Seminário de Olinda veio ao encontro do que estava sendo gestado na nossa terra. Muitas causas de insatisfação – políticas e econômicas – faziam fermentar os ideais no rumo a uma Revolução que chegou a proclamar a República e durou até 19 de maio, quando foi sufocada com excessiva violência pelas forças monárquicas. 

A violência estendeu-se também à História. Pequeño ou quase nenhum destaque era dado nos livros que eram publicados no sul à Revolução Pernambucana, que completou, no dia 6 deste mês, 198 anos. Mas, alguns baluartes da resistência permaneceram, como o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, que teve como razão da sua criação valorizar e divulgar a História do nosso Estado. O IAHGP guarda relíquias dessa Revolução, além de vasta documentação, vários objetos expressivos, como os óculos e a espada usada pelo “Leão Coroado”, a escrivaninha do Frei Miguelinho, um tinteiro do Padre Roma e uma bandeira da revolução que passou a ser adotada como bandeira de Pernambuco, nas comemorações do seu primeiro centenário, em 1917. O primeiro presidente do IAHGP foi o Monsenhor Muniz Tavares, que participou da Revolução e foi também o seu primeiro 

historiador. 

A Assembleia Legislativa, em 2007, por justíssimas razões, tornou o 6 de março Data Magna de Pernambuco, através de projeto apresentado pela Deputada Terezinha Nunes. 

Agora, quando se aproxima o bicentenário da Revolução, louvável a iniciativa do Governador Paulo Câmara de criar uma Comissão de âmbito estadual para programar, da melhor maneira, as celebrações de tão importante momento da nossa História. 


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