Li, recentemente, que a Aeronáutica estava disponibilizando seus arquivos aos pesquisadores sobre registros de aparecimento no espaço aéreo brasileiro de objetos voadores não identificados- OVNIs ou como são chamados, “discos voadores”.
Esta medida causou contentamento aos ufólogos e também aos curiosos, como eu, que desejam saber alguma coisa sobre se verdadeiros os relatos que muitas vezes lemos ou tomamos conhecimento, como se usa na linguagem jurídica, “por ouvir dizer”.
Logo depois da notícia de abertura dos arquivos, um jornal do sul publica artigo sobre “Abduções por extraterrestres”, de autoria de Marcelo Gleiser, professor de física teórica no Dartmouth College, nos Estados Unidos. No texto, o autor relembra que o primeiro caso de abdução com notoriedade internacional teria ocorrido no Brasil, na noite de 16 de outubro de 1957, com um agricultor do oeste mineiro chamado Antonio Vilas Boas. Este senhor teria sido levado por extraterrestres medindo em torno de 1,5m para uma nave onde teria sido submetido a experiências e voltado para casa com marcas de queimaduras no corpo clinicamente semelhantes às provocadas por materiais radioativos. O caso foi publicado na Revista “O Cruzeiro” e muita gente ficou esperando que os “marcianos” desembarcassem no nosso planeta a qualquer momento, o que não ocorreu.
A imaginação das pessoas e o desejo de conhecer outros seres vivos alimentados pela indústria cinematográfica que criou doces e cativantes personagens como o ET., ajudam a manter a curiosidade sobre o tema.
Sabe-se que há inúmeros registros, não só no Brasil, mas em diversos países, sobre aparecimento de naves, não suficientemente explicados pelo conhecimento técnico atual. O prof.. Gleiser afirma que a estrela mais próxima da terra está a aproximadamente a 4 anos-luz e a nossa espaçonave mais rápida demoraria 100 mil anos para chegar lá.
Lembrei-me de duas histórias sobre o tema.
Há uns trinta anos ou um pouco mais, visitei uma amiga recifense em Lisboa casada com um comandante de voos internacionais da TAP. Este senhor era comandante da nossa PANAIR e depois do encerramento da companhia brasileira foi contratado pela TAP indo com a família residir em Portugal. Minha amiga me contou que numa viagem (fazia pouco) sobrevoando o continente africano o avião comandado por seu marido, foi seguido de perto e por longo tempo por um objeto não identificado. Ele tentou contato e utilizou todos os meios por sinais próprios da aviação internacional, sem obter resposta. Houve pequenas interferências nos instrumentos de bordo, sem contudo causar perigo ao voo. Todo o acontecido foi relatado em detalhes às autoridades portuguesas.
A segunda história aconteceu em Brasília. Estávamos, o Embaixador Isnard Penha Brasil e eu acompanhando D. Helder Câmara no aguardo do início da solenidade de entrega da Ordem do Rio Branco ocasião em que D. Helder seria, com muita justiça, agraciado. Não me recordo por qual razão, no meio da conversa, o Embaixador pergunta: D. Helder, o senhor acha que há vida além da terra, em outros planetas? Sem hesitar, o Dom nos respondeu: Será que o Deus Poderoso colocou no céu tantas estrelas só para o deleite dos nossos olhos?
Espero que um dia se tenha ou não a confirmação se há vida nas estrelas.