Itália: do Papa ao Etna

A Itália sempre encantadora, tão cheia de História e arte. O nosso grupo teve  o voo direto Porto/Roma  cancelado e fomos via Zurich, o que nos fez perder um dia na Cidade Eterna. Mas, o entusiasmo da participação na audiência com o Papa na manhã seguinte, dia 17, fazia com que enfrentássemos tudo com alegria. Ao chegarmos ao Hotel, lá estava o envelope da Embaixada do Brasil junto à Santa Sé com os nossos convites. Quase perdemos o fôlego quando vimos a localização! Bem pertinho, do Papa, como se exprimiu com certo exagero a nossa Guia, “nos braços do Papa”!

Realmente a audiência foi um momento de muita emoção, alegria e paz. A presença do Papa Francisco é comovente e arrebatadora. Suas palavras, sempre muito adequadas, crescem ainda mais num mundo tão pobre de líderes. Deliramos quando o próprio Papa se referiu à nossa presença! Durante mais de três horas assistimos o carinho e a atenção que dedicava aos presentes. Nem sentíamos o calor e o sol escaldante daquela linda manhã na Praça de São Pedro. De lá todo o grupo foi recebido com a costumeira cordialidade e muito carinho na Embaixada pelo Embaixador Denis Souza Pinto e sua esposa Maria do Carmo, ambos pernambucaníssimos na arte de acolher os amigos e conterrâneos. 

 Se o Papa representou a força espiritual, o prosseguimento da viagem nos levou à Sicília ao encontro de uma força da natureza: o Etna. Um dos mais conhecidos vulcões em atividade, “desperta” duas ou três vezes ao ano, variando a intensidade das erupções. Este ano de 2015, já se manifestou em abril. Vê-lo ao longe já deixa uma forte impressão com aquela fumacinha branca saindo da cratera e se espalhando como uma nuvem ao sabor dos ventos. Da bela Taormina, do terraço do nosso Hotel que ficava encravado no Monte Tauro, tinha-se uma visão privilegiada, especialmente em noite de lua crescente. Ao amanhecer, véspera de São João, notei que a fumaça aumentara. A recepcionista do Hotel informou com naturalidade:  aconteceu algo esta noite, ele está despertando! Que emoção seria termos fogueira e fogos de verdade, numa erupção! A minha brincadeira, com ar sério, causou susto em algumas amigas.

Acalmou-se o Etna e nos permitiu visita-lo no dia seguinte. O vulcão tem 3.340 m de altitude e estradas até 1900m, de lá, os mais atrevidos podem subir de teleférico até 2.050. A partir daí só com guias especiais, o que não era o nosso caso. As lavas que  cobrem as encostas, são utilizadas em diversas formas de artesanato e dão qualidade a alguns produtos. Subir um vulcão que na véspera dera alguns sinais de atividade, pode ser normal para os nativos, mas, no mínimo uma grande aventura para nós outros.


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