Pernambuco mortal!

Parece que não acordamos do pesadelo. É difícil dizer alguma coisa em momento de perplexidade, de profunda tristeza e imensa dor.

Penso na pessoa de Eduardo, tão jovem, com tantos sonhos e uma bagagem de grandes feitos, bem feitos por nossa terra e nossa gente. E quanto mais o faria pelo Brasil, por muito tempo!

Penso na sua encantadora família, ante tamanha perda. Não há palavras, nesta hora podemos tão pouco. Só nos unir em pensamento, na nossa solidariedade e para os que têm fé, nas nossas orações. 

Penso em nós, povo pernambucano e povo brasileiro. Vivemos um momento de pobreza de lideranças políticas no Brasil e no mundo. Política sem líderes é nau sem rumo. E é este o sentimento que temos ante a política interna e internacional. Nesta, a pluralidade de conflitos que se alastra, assusta pela ausência de quem possa encontrar soluções eficazes. No âmbito interno, a descrença, o desânimo é muito nocivo num país que atravessa momento nebuloso e de muitas incertezas.

  Quanto a Pernambuco, não foge ao padrão de indigência de verdadeiras lideranças. Grandes nomes se afastaram da cena. Agora, com o desaparecimento de Eduardo Campos, mas do que nunca se sente a necessidade de uma mão que conduza os nossos destinos. Mas, líder não é produto que se venda nas prateleiras, e sim talhado com o cinzel da ética, da competência, do trabalho numa gema de carisma nato. 

Creio que Ariano, Arrais e Maximiniano já o receberam com um abraço de carinho, mas de igual perplexidade. Aqui, Eduardo, as vozes silenciam ante as lágrimas, a gratidão e a saudade de todos. O nosso hino não reflete a realidade da História, porque hoje Pernambuco é mortal, é mortal!


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