SAUDAÇÃO A JOÃO CARLOS PAES MENDONÇA
Caríssimo João Carlos,
O Instituto do Fígado & Transplante de Pernambuco, por proposta da presidente Leila Pereira e aprovada a unanimidade do Conselho, outorga-lhe nesta celebração o título – o primeiro – de Conselheiro Benemérito. Nada mais justo, achamos todos.
Fui escolhida para saudá-lo, penso, porque somos ambos de Sergipe del Rey. Embora não tenha eu nascido na Serra do Machado com as bênçãos de São Sebastião, aprendi com a nossa querida amiga Geralda Farias a cantar o Hino ao Padroeiro, na procissão de 20 de janeiro. Mas, sou de Itabaiana, como Auxiliadora, abençoadas por Santo Antônio, neste tempo festivo de sua trezena. Nossa fraternidade vem do bem querer a Sergipe – aquele canto/encanto, pequeno gigante, onde o petróleo jorra pelas torres do horizonte ou dos martelos entre os coqueirais. Terra que o São Francisco contorna e abraça, sem querer se lançar ao mar…
Mas, essa homenagem que o IF&Transplante ora lhe presta – Conselheiro Benemérito – é um reconhecimento e um agradecimento. Sim, por todo o apoio que tem dado desde os primeiros passos para a consolidação desta Instituição, que presta tão importante atendimento aos que dela necessitam.
Mas é, também, um reconhecimento pelo que tem feito por Pernambuco, tornando-se tão pernambucano como qualquer um de nós.
Sua história de vida, meu caro Conselheiro Benemérito, é exemplar. Os que aqui estão o conhecem, mas é sempre bom reafirmar que estamos diante de um empreendedor ousado por natureza; um visionário focado; um trabalhador incansável que se finca na competência própria e de quem o cerca. Suas marcas, como Bompreço, são inesquecíveis e insubstituíveis no imaginário do povo. Os da nossa geração lembram-se do “Bloco Parceria” que abria o Carnaval ou do “Orgulho de ser Nordestino”, para sempre! Na empresa Jornal do Commercio fez com que Pernambuco continuasse falando para o Mundo.
Se eu fosse descrevê-lo, não com palavras como faço agora, mas pela geometria com um símbolo, num tempo cada vez mais visual, eu o representaria por uma linha reta, ascendente. Isso porque você olha sempre para o alto, na busca de novos caminhos – e os encontra – o que tem feito a sua trajetória cada vez mais hesitosa.
Minha avó, uma matriarca autêntica, a quem questionasse sua maneira de ser, respondia: eu não sou braba, eu sei querer! Essa é uma grande máxima: saber querer. E João Carlos sabe querer. Saber querer é ser pertinaz, firme, determinado!
Foi a determinação que o trouxe de Sergipe para Pernambuco; foi a determinação que o fez crescer e diversificar suas atividades; foi a determinação que o levou até pela rota inversa, como chamo, para descobrir Portugal. E lá, criar raízes como as suas vinhas e as suas oliveiras, debruçado no serpenteio do Douro, tudo lindamente verde. E é a sua determinação que continuará movendo, sempre, aquela linha ascendente rumo ao infinito. Para que limites?
Obrigada, Conselheiro Benemérito, por tudo que faz e por ser como é!
Margarida Cantarelli