V FESTIVAL RIOMAR DE LITERATURA -2017
28/29 DE MARÇO DE 2017
PALAVRAS DE: MARGARIDA CANTARELLI
Senhoras e senhores Acadêmicos da APL
Amigas e amigos da Literatura pernambucana,
Senhoras e senhores,
De modo especial meus cumprimentos aos jovens aqui presentes, esperança de um Brasil melhor.
É com imensa alegria que o RioMar e a Academia Pernambucana de Letras realizam este V FESTIVAL DE LITERATURA – 2017. Esta nossa PARCERIA, atitude tão característica do Grupo JCPM, deu certo. Aproveito para agradecer ao empresário João Carlos Paes Mendonça e a toda a sua equipe, especialmente aos que integram o RioMar, na pessoa de Carmen Peixoto, pela competência e dedicação na organização deste Evento. Iniciamos este trabalho conjunto em 2016 e este ano, eu lhes garanto, está ainda melhor.
2017 é um ano importante para nossa terra, pois estamos celebrando o Bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817. Fato da maior importância não só para nós, mas para a História do Brasil, no caminho da nossa Independência, mas que, por tantos anos foi ignorado pela História oficial que era feita na Corte. No primeiro centenário, em 1917, o então Governador Manoel Borba, acatou a proposta do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e adotou a Bandeira dos Revolucionários – dos Patriotas – de 1817, como a Bandeira de Pernambuco, esta que nós conhecemos. Passados dois séculos é preciso que nós enalteçamos os valores que foram então defendidos, como as liberdades: de pensamento, de religião, de imprensa e tantos outros de vanguarda no início do século XIX.
Para corresponder a este espírito pernambucano, hoje e amanhã a nossa programação foi elaborada com todo carinho para levar a vocês um pouco da obra de dois grandes nomes da literatura, ambos nascidos em Pernambuco: hoje nos voltamos para o poeta e engenheiro JOAQUIM CARDOZO, pela passagem dos 120 anos do seu nascimento. Amanhã o homenageado será o teatrólogo, contista HERMILO BORBA FILHO, pelo transcurso do centenário de nascimento. Sobre Hermilo falaremos amanhã.
Joaquim Moreira Cardozo, nascido no Recife, em 26 de agosto de 1897, no bairro do Zumbi, é múltiplo – em aéreas em que não se pudesse supor fossem possíveis de compatibilizar e mais que isso, ser tão grande em todas – literatura e engenharia: poeta desde a juventude, cartunista do Diário de Pernambuco, engenheiro e calculista de edifícios tão conhecidos de todos nós – aqui no Recife (Secretaria da Fazenda e vários edifícios da Praia da Boa Viagem, em Belo Horizonte (conjunto para Pampulha), especialmente em Brasília ( a Catedral, os Palácios – Alvorada e Planalto, Itamaraty, Congresso e a Igrejinha de NS de Fátima).
Do poeta Joaquim Cardozo os conferencistas desta tarde trarão para vocês a análise da sua obra e que espero sirva para leva-los a conhecer mais profundamente a poesia deste grande recifense que continua presente na nossa paisagem urbana, tanto na engenharia quanto na poesia, porque:
O Meu Canto é de Sol…
É de verão florindo
Os jardins tropicais:
De túnicas vermelhas
Flamboyants cardeais!
O meu canto é de sol…
É de manhã nascente
Em profuso verão:
Púrpuras de jambeiros
Atiradas no chão!
É de sol, é de sal
Desse mar nordestino
Suas cores abrindo
Como um pavão!
O meu canto é de sol!